Existe uma crença comum no mercado de aquecimento de água por bomba de calor de que basta olhar a quantidade de BTUs, kW ou kcal para saber se o equipamento é eficiente. Mas essa visão é simplista e, na prática, pode levar a escolhas equivocadas. Eficiência real não é apenas uma questão de potência teórica, é o resultado de um projeto bem-executado que integra tecnologia, engenharia térmica e componentes de qualidade.
Vamos pegar como exemplo quatro bombas de calor, todas com a mesma potência declarada de 120.000 BTUs, o que equivale a aproximadamente 35 kW. Agora imagine que cada uma delas utiliza um compressor diferente: GMCC, Highly, Panasonic e Mitsubishi. Ainda que todas estejam teoricamente no mesmo patamar, o desempenho final será diferente em cada caso. Isso acontece porque cada compressor tem um desenho interno distinto, com caminhos únicos por onde o gás circula. Esses caminhos influenciam diretamente a transferência de calor e o rendimento térmico do sistema como um todo.
O compressor da Mitsubishi, por exemplo, se destaca por ter um design patenteado de caracol interno, que proporciona um ganho de eficiência estimado em até 15% em comparação com modelos convencionais. Mas mesmo entre marcas mais acessíveis, como GMCC ou GREE, o comportamento térmico final varia de acordo com a configuração do sistema. Já realizamos testes internos em que duas máquinas com capacidades idênticas apresentaram diferenças significativas de desempenho: uma aumentava a temperatura da água em 1,5 ºC, enquanto a outra, com projeto diferente, entregava apenas 1,1 ºC de aumento. E esse é só um dos inúmeros exemplos práticos que reforçam a importância da engenharia por trás do equipamento.
Muitas vezes, vemos discussões sobre qual unidade de medida é mais confiável; BTU, kcal ou kW. Essa discussão é, na verdade, irrelevante do ponto de vista técnico, pois todas essas unidades se convertem matematicamente entre si. A eficiência de uma bomba de calor não está na unidade usada, mas sim na capacidade real de transformar energia elétrica em calor útil, com o menor consumo possível. E isso depende de como o compressor, o evaporador, o condensador, o fluido refrigerante e o projeto hidráulico trabalham em conjunto.
Outro ponto pouco compreendido no mercado é que instituições como o INMETRO avaliam principalmente o consumo elétrico e não necessariamente a eficiência térmica do equipamento completo. Ou seja, o que está descrito na etiqueta pode não refletir o desempenho real em campo.
Aqui na Industek, temos total convicção de que o que garante a performance de uma bomba de calor é o projeto. É isso que faz a diferença na hora que o equipamento entra em operação. Por isso, convidamos qualquer profissional do setor a visitar nossa fábrica, ver os testes em tempo real e comprovar a performance térmica de nossos equipamentos. As máquinas da Industek são projetadas para gerar calor com rapidez, estabilidade e eficiência, mesmo em condições climáticas adversas.
No fim das contas, não é o número de BTUs no catálogo que vai garantir que sua piscina fique aquecida ou que seu sistema funcione com eficiência. É a qualidade do projeto. É a combinação inteligente entre compressor, trocadores de calor e fluido refrigerante. É engenharia aplicada à realidade. É isso que faz a diferença, e é isso que nós entregamos.
Márcio Ligeri Sacomano
Empresário do Setor Industrial e de Importação